Raça Manga Larga: informações sobre o cavalo

Mangalarga

Narrar  o histórico do cavalo Mangalarga equivale a narrar a história da família Junqueira.
Foram eles, os Junqueira, que forjaram a raça Mangalarga, foram os primeiros criadores.

Inicialmente tal raça somente existia em Minas Gerais, mas com a mudança dos Junqueira para São Paulo, os cavalos desta ra,a também migraram para o estado paulista e posteriormente para todo o Brasil.

Os Mangalarga vem do acasalamento de um macho da raça Álter com éguas de diversas raças. Isto ocorreu antes mesmo dos Junqueiras começarem a criar Manga larga.

Ocorreu que em 1812, na fazenda Campo Alegrem em Baependi, hoje município de Cruzília, o Barão de Alfenas ganhou um cavalo Álter do Príncipe Regente D. João VI e posteriormente utilizou tal equíno para reprodução. Daí surgiram os primeiros Mangalargas: do cavalo Álter de Portugal.

Outras informações:

Características: cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda. A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.

Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.

Informações sobre a  história dos cavalos Álter

A Raça nacional Mangalarga tem como formador principal o cavalo Álter de Portugal. Provavelmente foi Napoleão Bonaparte, ao invadir Portugal, obrigando Dom João VI a mudar-se com a corte para o Brasil, quem primeiro contribuiu para a formação desta raça. Com Dom João VI vieram também os melhores espécimes da raça Álter da Coudelaria Real de Álter do Chão. Se o principal formador do cavalo Mangalarga é o cavalo Álter de Portugal, entretanto no início deste século, muitos criadores introduziram, esporadicamente, no Mangalarga, as raças Árabe, Anglo Árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse. Não somos nem a favor nem contra ao que foi feito. O fato é que hoje já dispomos de um número elevado de cavalos de alto valor zootécnico, que nada perde para outras raças estrangeiras, portanto, não nos cabe mais analisar o caminho seguido para consegui-lo. Somos no entanto virtualmente contra cruzamentos com raças exóticas, no pé em que estamos. Muito pouco temos a ganhar com eles, uma vez que temos mais de cem anos de seleção de marcha trotada, resistência e rusticidade a arriscar.