Combater a vergonha, quebrar os preconceitos e apoiar a igualdade dos homossexuais é a intenção da Parada Gay, movimento que já tem ação em vários países e que conta com o apoio não só dos homossexuais, mas com o de celebridades (muitas delas hétero) que apóiam o movimento.
No Brasil a maior Parada do orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) ocorre na capital de São Paulo, levando as manifestações até a Avenida Paulista desde 1997, atraindo turistas até a cidade e levando mais de 4 milhões de pessoas até as ruas para a marcha. A parada busca por meio de temas anuais, mostrar as pessoas que o homossexualismo é normal, não é uma doença como alguns dizem e muito menos orientação ou escolha, pois titular a homossexualidade como orientação sexual implica dizer que eles foram orientados por alguém a ser assim, ou mesmo chamar de escolha sexual, que dá no mesmo, afinal ninguém nasce e escolhe quem irá amar ou por quem irá se sentir sexualmente atraído.
Organizada pela APOGLBT, o movimento mostra a quantidade de homossexuais em várias profissões, que eles visam constituir família, que abraçam a diversidade com amor e que estão dispostos e conseguir a sua cidadania, promovendo a auto-estima de uma população que vive a beira de ataques de homofobia, violência resultada do medo e desprezo de alguns heterossexuais em relação aos gays.
Apesar de o foco maior ocorrer na capital paulista, muitos são os outros estados e até cidades de interior que realizam a parada do orgulho gay, alguns até realizando concursos e outros tipos de festividades.
A marcha
A marcha, assim como qualquer movimento social, oferece serviços gratuitos para com a sociedade, como:
- Registro de união estável entre casais homoafetivos;
- Reuniões abertas semanais para identificação de demandas de cada segmento da comunidade LGBT e criação de redes de apoio entre seus participantes;
- Acolhimento e encaminhamento de casos de discriminação e violência;
- Assessoria jurídica gratuita em casos de homofobia;
- Prevenção primária e secundária às DST/Aids e hepatites;
- Promoção da saúde integral;
- Acolhimento psicológico gratuito à população LGBT;
- Palestras, oficinas e workshops em universidades, escolas e empresas, abordando questões sobre sexualidade e cidadania;
- Intervenções educativas sobre direitos e cuidados com a saúde nos locais de frequência LGBT;
- Debates e fóruns políticos com outros grupos de militância LGBT, grupos de direitos humanos e outros movimentos sociais no Brasil;
- Participação em comissões e representações governamentais (municipais, estaduais, federais e internacionais);
- Participação crítica nos processos de construção e análise de leis que favorecem a cidadania LGBT;
- Mobilização e conscientização de grupos sociais em defesa dos direitos humanos, apontando para questões de preconceito e discriminação por orientação sexual;
- Atuação crítica sobre a imprensa e políticos no tratamento das questões referentes à diversidade sexual;
- Atividades culturais, apontando para aspectos de direitos humanos, respeito e convivência com a diversidade, sexualidade, desconstrução de estereótipos etc;
- Exposições de artes plásticas, fotografias, esculturas, performances etc, com artistas e temáticas LGBT (ou identidade com este público) como forma de expor a cultura própria desse universo de forma positiva e educativa ao público geral;
- Incentivo a peças teatrais que abordem a temática de forma coerente e positiva (ou criação de novas peças e encenação das existentes) por meio de divulgação e promoções junto aos associados e a comunidade;
- Incentivo a novas obras literárias que abordem a temática de forma explicativa, biográfica, romanceada e/ou poética;
- Atendimento a pesquisadores e estudantes para realização de mestrados, doutorados e trabalhos acadêmicos;
- Incentivo aos trabalhos acadêmicos (graduação, mestrados e doutorados) como forma de atualização das informações sobre diferentes aspectos;
- Capacitação de novos ativistas;
- Estágio supervisionado para universitários em diferentes áreas de formação;
- Participação anual na reunião da Interpride, organização internacional de paradas do orgulho LGBT.
A última parada ocorreu em 26 de junho de 2011, e visou lutar por leis que protejam os homossexuais dos ataques homofóbicos, atitudes que vem gerando uma onda imensa de mortes de cidadãos iguais aos outros, mas tão brutalmente agredidos.