Filariose: o que é, sintomas, causas e tratamentos

Transmissão da filariose pelo mosquito ao homemA filariose, causadora da elefantíase, é uma doença crônica causada por parasitas conhecidos como vermes nematoides (filárias).

O verme responsável pela doença é o nematoide Wuchereria bancrofti, um parasita que tem como vetor de transmissão o mosquito Culex quiquefasciatus, mais conhecido como muriçoca ou pernilongo. A transmissão tem como fonte primária o ser humano, o verme é passado de pessoa para pessoa através da picada do mosquito vetor.

A filariose se desenvolve lentamente, o período de incubação varia entre 9 a 12 meses. Em torno de 10% a 15% dos casos da doença desenvolvem elefantíase, sendo que após 10 a 15 anos de infecção. Cerca de 50% dos portadores, desenvolvem a doença do tipo assintomática, apesar de terem o parasita causador no sangue.

Elefantíase, um dos sintomas da filariose.Os sintomas podem variar de acordo com a fase da doença. Em sua fase aguda, podem surgir inflamações no sistema linfático, mal estar, dores de cabeça, febre, calafrios, náuseas e lesões genitais. Nos casos onde se desenvolve a elefantíase, ocorre endurecimento e inchaço excessivo das áreas que apresentam edemas linfáticos, geralmente em uma ou em ambas as pernas, nos órgãos genitais e raramente nas mamas, acarretando deformações. Porém a filariose não é a maior causa da elefantíase, fatores como falta de higiene podem provocar a proliferação de bactérias, o que acarretaria a elefantíase. Vários pesquisadores comprovaram que a limpeza com água e sabão das áreas que foram afetadas previne a ocorrência da elefantíase.

O tratamento é feito a partir de uma droga chamada dietilcarbamazina, em casos raros onde o tratamento encontra resistência e se torna falho, deve-se partir para a retirada do verme adulto através de cirurgia.

A filariose pode ser prevenida e controlada através de métodos como o tratamento dos portadores, a fim de eliminar o parasita do sangue, assim interrompendo a transmissão, combate ao inseto transmissor e evitar exposição prolongada nas áreas onde ocorrem a transmissão, especificamente nos bairros periféricos de Recife, Olinda, Jaboatão e Paulista, locais onde ocorrem o maior índice de transmissão da filariose no Brasil.

Fontes de informações:

Invivo

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