Anatomia do joelho – ossos, articulações e tipos de lesões

joelho

Anatomia do joelho.

Um dos membros mais expostos a lesões do corpo de um atleta é sem dúvida o joelho.

Isto, pois na maioria dos esportes ocorre o impacto sobre os mesmos, o que danifica seus componentes, como o menisco.

Além do impacto, existe o risco das torções, muito comum no futebol, onde ligamentos são totalmente rompidos.

Forçar demasiadamente os joelhos pode gerar dores, desgaste, problemas na hora de andar e etc.

Composição total do joelho

O joelho é formado na sua parte superior pelo fêmur (osso da coxa) que roda sobre a tíbia (osso da perna). Na parte anterior existe um osso arredondado, palpável chamado patela (rótula). Este desliza dentro de um sulco na porção anterior e inferior do fêmur. Grandes ligamentos unem o fêmur e a tíbia para promover estabilidade, enquanto longos músculos dão força ao joelho. As superfícies articulares, onde estes ossos entram em contato, são cobertas de uma cartilagem especial, chamada de cartilagem articular. Esta cartilagem torna possível o movimento articular. As demais superfícies do joelho são cobertas por uma fina camada de tecido chamado de membrana sinovial. Esta membrana libera líquido um especial que lubrifica a articulação e reduz o atrito próximo de zero em um joelho normal.Normalmente todos estes componentes trabalham em harmonia. Mas doenças ou traumatismos podem romper esta harmonia, resultando em dor, fraqueza muscular e perda de função.

Veja alguns diagnósticos de lesões nos joelhos e seus respectivos tratamentos:

Lesões no menisco:

Os meniscos, que são dois, são discos que servem para absorver os impactos sobrepostos as nossas pernas.

Suas lesões podem ser geradas por traumas (normalmente fruto da prática de  esporte, de quedas ou rotações involuntárias do joelho) ou pelo desgaste natural, a artrite, que surge principalmente após os 50 anos.

No caso de dores persistentes é preciso realizar um exame chamado de artroscopia. Tal exame permitirá que o médico visualize todo o joelho e durante o próprio exame retire a parte rompida do menisco. Normalmente a recuperação do paciente se dá em 6 semanas.

Lesões nos ligamentos:

Os ligamentos são estruturas que funcionam também para dar estabilidade à articulação, limitando alguns movimentos e impedindo que os ossos saiam de seu lugar normal.

Tal lesão pode ocorrer juntamente com o rompimento dos meniscos.

A lesão dos ligamentos ocorrem geralmente durante a prática de atividades físicas, quando o pé está fortemente apoiado no chão e a perna sofre uma rotação brusca.

O paciente sente fortes dores e pode mostrar espasmos musculares. Pode ocorrer também a hemartose, que é o derramamento de sangue dentro do espaço da articulação.

O tratamento depende de qual ligamento foi lesado e o qual do trauma, o que pode gerar a necessidade de intervenção cirúrgica para reconstrução dos mesmos.

Após a cirurgia o paciente consegue fazer todos os movimentos normais do joelho.

Deslocamento da patela:

O deslocamento de patela é uma importante causa de hemartose e deve sempre ser pesquisado nos casos de trauma agudo do joelho. Essa lesão ocorre quando o joelho está dobrado e a perna sofre uma força de “rotação para fora”. É mais comum em mulheres, na segunda década de vida.

Existem várias formas de tratamento para essa lesão, incluindo imobilização imediata associada a exercícios para fortalecimento muscular, imobilização com gesso por 6 semanas seguida de reabilitação, cirurgia.

Lesões do tendão muscular:

A ruptura de tendões dos músculos da coxa e da patela pode resultar de uma contração muscular excêntrica, como ocorre, por exemplo, quando um atleta tropeça e tenta não cair.

A ruptura do tendão do músculo quadríceps (músculo da coxa) ocorre mais freqüentemente após os 40 anos de idade. Geralmente, o tendão apresenta algumas alterações degenerativas, o que reforça a hipótese de que tendões normais não se rompem. Raramente, ocorre nos dois membros inferiores. A principal característica é que o paciente não consegue esticar a perna e, quando isso é tentado, observa-se a formação de um “buraco” logo acima da patela. O tratamento é cirúrgico.

A ruptura do tendão da patela ocorre em indivíduos com menos de 40 anos de idade. O paciente não consegue esticar a perna, ativamente. A patela encontra-se deslocada para cima e pode-se sentir um defeito abaixo dela. O tratamento também é cirúrgico.