Trombose cerebral – o que é? quais os sintomas?

Trombose Cerebral

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A trombose cerebral (TVC), é uma doença rara e que não é muito conhecida, porém, apresenta uma série de manifestações clínicas. Ela pode ser definida como um tipo de AVC isquêmico, caracterizado pela presença de um trombo no interior da artéria. A doença é a principal responsável pelos casos de AVC em pessoas jovens. Apesar de sua gravidade, na maioria dos casos pode ter um bom prognóstico, caso seja tratada precocemente. De modo geral, é um quadro de emergência médica, que pode levar à sequelas permanentes ou até mesmo à morte.

Para entender melhor a TVC, é importante saber que o trombo surge na maioria das vezes em áreas onde há alguma lesão na parede da artéria, a qual começa a acumular depósitos gordurosos com o passar do tempo, que acaba obstruindo a passagem do sangue. Esse mesmo sangue que circula pelo cérebro é responsável pela correta oxigenação desse órgão, assim como pela chegada de nutrientes até ele. Ao ser interrompido esse fluxo, podem surgir lesões permanentes, como por exemplo, uma paralisia.

Caso não seja tratada, a trombose pode passar para as veias cerebrais mais superficiais ou até as mais profundas, causando infartos venosos hemorrágicos. Ela ocorre principalmente em pessoas que têm hipertensão, apesar de que quando há a presença da aterosclerose, a chance de ser formado um trombo aumenta ainda mais.

Sintomas da trombose cerebral

Ao contrário do que muitos pensam, a trombose cerebral apresenta alguns sintomas bem diferentes daqueles que ocorrem em casos de AVCI. Os mais comuns são:

  • Cefaleia de forma localizada ou difusa é o sintoma que está presente em mais de 70% dos casos de TVC. Na maioria das vezes, surge de forma intensa, podendo ser acompanhada de vários outros sintomas.
  • Défices focais.
  • Inchaço do disco óptico, também conhecida com papiledema.
  • Visão dupla (diplopia).
  • Convulsões.
  • Vista embaçada.
  • Alterações da consciência, assim como desorientação.

Em cerca de 50% dos casos, os sintomas podem avançar em apenas 48 horas. Em 30% deles esse tempo pode aumentar em até 30 dias.

Causas

  • Gravidez e puerpério (a fase pós-parto, onde a mulher sofre várias modificações físicas e emocionais).
  • Uso de medicamentos como anticoncepcionais.
  • Trombofilias hereditárias.
  • Infecções parameníngeas.
  • Síndrome antifosfolípide primária.

Tratamento

O tratamento mais usado é através de um método anticoagulante, onde é utilizada heparina endovenosa, associada a anticoagulantes orais, administrados por um período de seis meses ou mais, dependendo do grau da doença.

Caso já esteja em um grau avançado, pode ser necessário o uso de medicamentos corticoides e anticonvulsivantes.