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Frases de Bezerra da Silva

Frases de Bezerra da Silva

Confira uma seleção com 20 frases de Bezerra da Silva. | Foto: Reprodução

José Bezerra da Silva era um cantor, compositor e percussionista pernambucano que gravou vários CDs nos gêneros musicais Coco e Partido alto – que são subgêneros do samba – e conquistou a classe baixa renda com suas músicas de denuncia social. Chegou a ser considerado o embaixador dos morros e das favelas. Suas músicas falavam muito da marginalidade, da vida nas comunidades carentes e de como a sociedade descrimina alguém apenas pela classe social.

Ele nasceu no dia 23 de fevereiro de 1927 na cidade do Recife, e desde pequeno sempre foi ligado à música. Seu pai saiu de casa quando Bezerra ainda era pequeno e foi morar no Rio de Janeiro, trabalhando na Marinha Mercante. Um dia, depois de grande, Bezerra da Silva resolveu ir para o Rio à procura do pai. Depois que achou o pai houveram alguns desentendimentos entre eles, e José Bezerra foi morar sozinho no Morro do Cantalago.

Lá ele trabalhou como pintor em uma construção civil por algum tempo, e em pouco tempo tornou-se instrumentista de percussão em um bloco de carnaval. Passou sete anos como morador de rua, até que tentou se matar e foi impedido por um santo da Umbanda. A partir daí ele começou a compor músicas, e gravou seu primeiro compacto em 1969. No ano de 1998, Letícia Vianna escreveu um livro chamado “Bezerra da Silva – Produto do Morro” onde conta a história deste homem.

Em 2001, José Bezerra da Silva converteu-se para a Igreja Universal do Reino de Deus e gravou um CD com músicas gospel chamado Caminho da Luz. Quatro anos depois, em 2005, Bezerra da Silva morreu com uma falência múltipla de órgãos, próximo a completar seus 78 anos de idade.

Os principais temas das músicas de Bezerra da Silva

Ele gostava muito de abordar em suas canções os problemas da sociedade e a vida do povo que vive nas favelas. A marginalidade e as drogas eram palavras chaves em suas letras. Outro fator que aparece muito também é a perseguição dos policiais com os “malandros” da favela, como o próprio Bezerra diz. Ele denuncia os civis que generalizam a situação, perseguindo qualquer morador de favela. Ele mostra também como a população que vive nos morros prefere buscar segurança com os traficantes do que com a polícia e o estado, que faz completo descaso da situação de risco em que todos vivem.

Frases de Bezerra da Silva

  • “Dizem que sou malandro, cantor de bandido e até revoltado. Porquê canto a realidade de um povo faminto e marginalizado.”
  • “Todo dinheiro gasto pelo homem comprando arma para a guerra que só trás a dor daria pra matar a fome de todo povo sofredor.”
  • “A inveja é a arma do incompetente.”
  • “Quando a malandragem é perfeita ela queima o bagulho e sacode poeira.”
  • “Fé no Senhor é sempre fazer o bem e passar pra mais alguém as boas novas de Jesus.”
  • “Não preciso fazer a cabeça, eu já nasci com ela.”
  • “Cada um na sua área, cada macaco em seu galho, cada rei no seu baralho, Porque duas fases positivas quando se encontram só dá explosão.”
  • “Se vocês estão a fim de prender o ladrão, podem voltar pelo mesmo caminho. O ladrão está escondido lá embaixo, atrás da gravata e do colarinho.”
  • “Eu conheço uma pá de otário metido a malandro que anda gingando, crente que tá abafando, e só aprendeu a falar: Como é que é? Como é que tá?”
  • “Malandro é malandro, mané é mané.”
  • “Sou cobra criada e tenho muito veneno. Sou neto da madrugada e afilhado do sereno.”
  • “Otário só tem dois direitos: tomar tapa e não dizer nada!”
  • “Malandro demais vira bicho.”
  • “Você com um revolver na mão é bicho feroz, sem ele anda rebolando e até muda de voz!”
  • “Quem defende bandido é advogado.”
  • “Em transação de malandro não se põe areia e se tentar atrasar a coisa fica feia.”
  • “Se Leonardo da Vinci, por que é que eu não posso dar dois?”
  • “Quando a música é feita por pobre, analfabeto ou crioulo, eles dizem que é pagode. Eu não aceito isso!”
  • “Como eu posso falar do amor se eu nunca tive o amor?”
  • “Gravo a realidade brasileira do povo faminto e marginalizado. Cada um entende de um jeito. O importante é vender. Artista bom é aquele que vende, segundo o mercado.”