O que é?
Uma doença infecciosa, mais comum às zonas rurais, transmitida ao homem pelo carrapato, que carrega a bactéria Rickettsia rickettsii em suas células.
No Brasil, o carrapato que transmite a doença é o mesmo que costuma infestar animais domésticos como cães, gatos, bois, etc., além de animais selvagens como capivaras, gambás e até mesmo cobras e tatus. Ele é chamado “carrapato-estrela”, “carrapato de cavalo” ou “rodoleiro”.
O carrapato transmite a doença ao picar o animal, inoculando a bactéria em sua corrente sanguínea ou ainda, através de feridas abertas, mas essa é uma forma mais rara de contaminação. No homem, a transmissão é extremamente rara devido ao fato de que o carrapato precisa ficar aderido à pele por muitas horas.
Após ser infectada, a pessoa adquire imunidade à doença.
Quais os sintomas?
Após, em média, uma semana da contaminação, a pessoa apresenta sintomas que podem ser muito fracos ou nem aparecerem, o que dificulta para diagnosticar a doença. A doença começa de modo súbito, com febre alta por até três semanas, necessitando repouso. Além da febre, é comum ter forte dor de cabeça, calafrios, dores no corpo e edemas nos olhos. Também nos primeiros dias da febre podem aparecer as máculas (de onde vem o nome da doença), que são lesões rosadas da pele dos punhos e tornozelos, chegando ao tronco e face, depois às mãos e pés. Dentro de dois ou três dias, as lesões tornam-se mais volumosas e de coloração mais forte e, após quatro dias, ficam arroxeadas e podem se unir, em algumas partes, formando um hematoma. Pode também haver descamação em certas áreas e, no local da picada, formam-se ulcerações necróticas, como as picadas de aranha.
A cura espontânea pode ocorrer em até três semanas, mas, quando há agravamento do quadro, as lesões são hemorrágicas e podem ocorrer até mesmo necroses em dedos, orelhas, palato mole e genitais. Sangramentos das gengivas, nariz, vômitos e tosse seca podem ocorrer. Há casos que exigem internação hospitalar, quando ocorre comprometimento sistêmico com pressão baixa, sangramento digestivo, desidratação e insuficiência respiratória.
É necessário um diagnóstico diferencial de outras doenças infecciosas que também apresentam lesões de pele e febre alta (febre Tifóide, Sarampo, Malária, etc.).
O diagnóstico preciso é feito através de exame de sangue, por sorologia e cultura.
Algumas pessoas infectadas não apresentam nenhuma lesão de pele, sendo muito difícil o diagnóstico nesses casos. A mortalidade pode atingir até 20% dos casos diagnosticados, sendo uma situação rara se o tratamento for precoce.
Quais os tratamentos?
A maioria das pessoas possivelmente fazem uso apenas de medicamentos como antitérmicos e analgésicos, além de repouso. Acredita-se que estas nem cheguem a diagnosticar a doença, que se cura em algumas semanas, mas, nos casos mais graves, o uso de antibióticos específicos e às vezes até um tratamento intensivo se faz necessário.
Prevenção
A prevenção se faz através do cuidado com os animais domésticos, aplicando carrapaticidas regularmente. Se precisar permanecer em áreas que possam estar infestadas por carrapatos, observar cuidados como: uso de calças compridas e botas; observar a própria pele regularmente, retirando o mais rápido possível qualquer carrapato que notar, sem se esquecer de não esmagá-lo com as unhas.
Fontes de pesquisas:
http://www.sucen.sp.gov.br