A colangite aguda é uma inflamação que afeta os canais condutores da bile, ocorrendo desde os canais mais finos, que se encontram dentro do fígado, até o mais espesso, o colédoco, o qual recebe toda a bile que é produzida no fígado e a que está armazenada na vesícula biliar.
Em sua parte final, o colédoco se encontra com um canal que leva substâncias digestivas que são produzidas pelo pâncreas onde desemboca na primeira porção intestinal, o duodeno, através da Papila de Vater. Se a inflamação começar nessa área e subir em direção ao fígado, geralmente é acompanha por bactérias que habitam o duodeno. Quando os canais biliares ficam obstruídos, facilitam a proliferação de bactérias dentro deles, causando uma infecção, a colangite. Vários fatores podem causar essa obstrução:
- Cálculos biliares, sendo a causa mais comum;
- Cálculos deixados por acidente nos dutos biliares depois de cirurgias;
- Tumores na Papila de Vater;
- Estreitamentos de nascença;
- Invasão por parasitas intestinais.
Os principais sintomas da colangite aguda foram descritos por Charcot em 1887, são eles:
- Febre com calafrios;
- Dor no quadrante superior direito;
- Icterícia;
- Insuficiência renal aguda;
- Abcessos intra-hepáticos;
- Enfraquecimento, náuseas e falta de apetite.
Se não tratada, a colangite aguda pode progredir para uma infecção generalizada e levar à morte. O tratamento é feito através de antibióticos associados com a desobstrução dos canais biliares, que pode ser feita através de cirurgia ou de colangiografia endoscópica. Caso esta última não esteja disponível, deverá ser feita a cirurgia.
Para pessoas que possuam cálculos na vesícula, e em especial aquelas que já apresentaram sintomas da doença, é aconselhável discutir com o médico sobre a realização de uma cirurgia para a retirada da vesícula biliar. Já para as outras causas da doença, não existem formas de prevenção.
Fontes de Informações
ABC da Saúde
Medicina Geriátrica