Biografia
Um dos principais escritores portugueses, José Maria de Eça de Queiros nasceu na cidade de Póvoa do Varzim em 1845. Seus pais não eram casados, e por isso ele viveu quase sua vida inteira longe deles. Foi criado por uma ama, e depois de grande morou com seus avós paternos.
Estudou em um colégio interno na cidade de Porto, e logo após foi estudar direito na Universidade de Coimbra. Lá conheceu pessoas importantes como Antero de Quental, que o ajudaram a formar duas idéias de crítica social.
Após se formar ele foi morar em Lisboa e trabalhar como advogado e jornalista. Publicou algumas histórias avulsas na gazeta da cidade – que depois vieram a ser reunidas e publicadas no livro O distrito de Évora – e depois de algum tempo fundou a Revista de Portugal.
Ele decidiu afastar-se do estilo clássico para escrever seus romances, e apostou nas críticas sociais do realismo. O Crime do Padre Amaro foi seu primeiro livro realista, e até hoje é um dos mais importantes livros da literatura mundial.
Foi diplomata de Portugal por alguns anos e teve que morar na cidade de Havana em Cuba. Também passou vários anos de sua vida viajando pelos países do Oriente, e todo esse contato com outras pessoas, línguas e culturas acabaram tornando-se inspiração para muitos de seus livros, como A Relíquia e O Mistério da Estrada de Sintra.
Em seus livros ele abordava temas polêmicos como mulheres traindo os maridos e padres tendo relacionamentos com beatas. Para a época e o estilo literário a que eram acostumados, os livros de Eça acabaram sendo muito polêmicos e mal vistos pela sociedade conservadora.
Casou-se aos 40 anos com Emília de Castro e teve quatro filhos: Alberto, Antônio, José Maria e Maria. Faleu em sua casa em Paris no dia 16 de agosto de 1900.
Obras de Eça de Queiros
- O mistério da estrada de Sintra (1870)
- O Crime do Padre Amaro (1875)
- A Tragédia da Rua das Flores (1877-78)
- O Primo Basílio (1878)
- O Mandarim (1880)
- As Minas de Salomão (1885) (tradução)
- A Relíquia (1887)
- Os Maias (1888)
- Uma Campanha Alegre (1890-91)
- O Tesouro (1893)
- A Aia (1894)
- Adão e Eva no paraíso (1897)
- Correspondência de Fradique Mendes (1900)
- A Ilustre Casa de Ramires (1900)
- A Cidade e as Serras (1901, póstumo)
- Contos (1902, póstumo)
- Prosas bárbaras (1903, póstumo)
- Cartas de Inglaterra (1905, póstumo)
- Ecos de Paris (1905, póstumo)
- Cartas familiares e bilhetes de Paris (1907, póstumo)
- Notas contemporâneas (1909, póstumo)
- Últimas páginas (1912, póstumo)
- A Capital (1925, póstumo)
- O conde de Abranhos (1925, póstumo)
- Alves & Companhia (1925, póstumo)
- Correspondência (1925, póstumo)
- O Egito (1926, póstumo)
- Cartas inéditas de Fradique Mendes (1929, póstumo)
- Eça de Queirós entre os seus – Cartas íntimas (1949, póstumo)