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Biografia do empresário Barão de Máua

Barão de Mauá

Irineu Evangelista de Sousa foi o empresário mais importante do Brasil império. Nasceu em Arroio Grande (RS) no ano de 1813. De origem humilde, ele ficou órfão quando ainda criança e foi morar com seu tio no Rio de Janeiro.

Aos 11 anos começou a trabalhar como balconista em uma loja de tecidos. Por ser muito esperto, esforçado e dedicado ele acabou subindo cada vez mais, até que um dia foi contratado por uma firma de importações, e lá ele aprendeu muitas coisas sobre comércio e contabilidade, além de aprender a falar inglês e conseguir contatos com grandes e ricos empresários ingleses.

Em pouco tempo ele virou gerente e logo após sócio da empresa de importações, apenas com 23 anos de idade. Após uma viagem à Inglaterra ele percebeu que o Brasil precisava se industrializar. Criou então sua primeira empresa, Companhia Ponta da Areia, que fabricava navios e canhões. Em apenas um ano sua companhia tornou-se a maior indústria do país.

Após isso ele foi aumentando cada vez mais seus negócios, criando novas empresas, fazendo novos investimentos e ficando sócio de muita gente importante. Em 1850 ele fundou o Banco Mauá, dividindo então sua carreira profissional entre empresário industrial e bancário.

Contribuiu enormemente para a modernização do Brasil, trazendo estradas de ferro, indústrias, iluminação, água encanada, telefone, entre outras coisas. Foi pioneiro em prestar serviços públicos, tanto para a cidade do Rio de Janeiro quanto para o Brasil inteiro.

Recebeu do próprio Dom Pedro II o título de barão, e mais tarde de Visconde, por todos os serviços prestados à nação. Tornou-se o homem mais rico do império, e envolveu-se também com política, sendo eleito diversas vezes deputado do RS.

Algumas obras de Mauá que beneficiaram a história do Brasil

  • Fundou em 1851 a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro, que fez a primeira iluminação pública da cidade.
  • Construiu em 1854 a primeira estrada ferroviária o Brasil, no Rio de Janeiro.
  • Contribuiu também para a construção da primeira estrada ladrilhada do país.
  • Organizou em 1874 a Companhia de Abastecimento de Água do Rio de Janeiro.
  • Também em 1874 instalou os primeiros cabos telegráficos submarinos, que ligavam o Brasil à Europa.

Escreveu o livro Exposição aos credores e ao público, onde explicou as razões das suas dificuldades financeiras, que levaram à falência as suas principais empresas.

Falência e morte do Visconde de Mauá

Por ter caráter liberal, abolicionista, e contrário à guerra do Paraguai ele acabou tornando-se alvo das intrigas dos políticos e empresários conservadores, e sofreu sabotagens criminosas em seus negócios, como um incêndio criminoso em seu estaleiro.

O governo – sob pressão de pessoas influentes que queriam prejudicar Irineu – acabou reduzindo a taxa de importação de máquinas e ferramentas, levanto outras empresas dele à falência. Logo chegou a vez do Banco Mauá falir também, e ai Irineu se viu inundado em dívidas e obrigado a vender o que lhe restava para pagá-las.

Depois de pagar todas as suas dívidas, o Barão de Mauá juntou o pouco dinheiro que lhe sobrou e começou a investir no café. Mas sua saúde estava muito debilitada – principalmente por causa da diabete – e ele não viveu mais por muito tempo. Mas mesmo assim, antes de morrer já tinha conseguido juntar uma boa quantia de dinheiro novamente.
Faleceu em 1889 em sua residência na cidade de Petrópolis, aos 76 anos de idade.